Saúde faz controle das principais doenças e dá dicas de prevenção
13/08/2019 - Publicado por: Jorge Pedroso - Categoria: Saúde - Tags: cancer
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UTILIDADE PÚBLICA: Câncer é a doença que mais mata, seguida por problemas do aparelho respiratório. Alimentação adequada e exercício físico são grandes aliados.
Câncer e doenças do aparelho circulatório, com 201 e 200 casos, respectivamente, foram as principais causas de morte em Jaraguá do Sul no ano passado, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde divulgados no documento denominado Saúde em Números – Edição 2019 (Ano Base 2018). Os dados apontam ainda que o município tem uma média melhor do que a registrada em Santa Catarina. Disponíveis neste site (
clique aqui), os dados apontam que as duas representam 51,41% das causas dos 780 óbitos de pessoas residentes no município em 2018.
Em relação a 2017, houve aumento no percentual de óbitos nesses dois casos: de 8,6% por câncer e 11% por doenças circulatórias. O documento aponta ainda que 67% das mortes por câncer envolveram pessoas com idade acima de 60 anos, enquanto que as doenças do aparelho circulatório causaram mais óbitos em pacientes na faixa etária a partir de 70 anos, num percentual de 62,5%.
De acordo com Luís Fernando Medeiros, do setor de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde, câncer e doenças do aparelho circulatório revezam-se, desde 2009, no topo das causas mais frequentes de mortes em Jaraguá.
Medeiros informa que, entre os casos de câncer, os mais frequentes foram de pulmão e de mama, com 31 e 17 óbitos, respectivamente. Já o AVC (Acidente Vascular Cerebral), com 61 registros, é a principal causa de mortes por doenças do aparelho circulatório. Ele acrescenta que, além dessas duas, outras três destacam-se nessa lista de causas de morte em Jaraguá do Sul: doenças do aparelho respiratório (91 óbitos), causas externas (64) e aparelho digestivo (41), ainda segundo dados de 2018.
Entre elas, as mortes por doenças do aparelho digestivo apresentaram aumento em relação a 2017, quando foram registrados 35 óbitos. Ainda comparando ao mesmo ano, houve redução nas outras duas causas, registrando menos 12,5% nas mortes por doenças do aparelho respiratório e menos15,7% por causas externas.
Medeiros complementa que nas causas de morte por doenças do aparelho digestivo sobressaíram-se as relacionadas ao fígado, com 18 casos, enquanto que pneumonia – registrando 36 casos – foi o principal motivo dos óbitos por doenças respiratórias. Já acidentes de trânsito (27) e suicídio (16) destacam-se entre as mortes por causas externas.
Embora sejam números preocupantes, Luís Fernando Medeiros salienta que Jaraguá do Sul apresenta em todas essas causas uma taxa de mortalidade – que é medida por 100 mil habitantes – abaixo dos índices de Santa Catarina (veja quadro abaixo).
Taxas de mortalidade por 100 mil habitantes |
Causa morte |
Ano |
Jaraguá do Sul |
Santa Catarina |
Câncer |
2018 |
115,4 |
129,3 |
2017 |
108,2 |
124,0 |
Doenças aparelho circulatório |
2018 |
114,8 |
159,0 |
2017 |
105,4 |
156,7 |
Doenças aparelho respiratório |
2018 |
52,2 |
69,9 |
2017 |
61,5 |
70,0 |
Causas externas |
2018 |
36,7 |
61,2 |
2017 |
44,5 |
66,3 |
Doenças aparelho digestivo |
2018 |
23,5 |
28,0 |
2017 |
20,5 |
27,0 |
Hábitos saudáveis previnem contra doenças crônicas
Especialista em Avaliação em Saúde, pela Escola Nacional de Saúde Pública, Luís Fernando Medeiros orienta que atividade física e alimentação saudável são fundamentais à prevenção da maioria das doenças, principalmente das crônicas não transmissíveis (DCNT), como as cardiovasculares, cânceres e respiratórias, que estão entre as cinco causas mais frequentes de mortalidade em Jaraguá do Sul.
Ele alerta que essas três doenças, mais o diabetes mellitus, possuem quatro fatores de risco em comum e possíveis de serem modificados: tabagismo, uso indevido de álcool, atividade física insuficiente e alimentação não saudável. “Ser fisicamente ativo é uma das ações mais importantes que pessoas de todas as idades podem fazer para melhorar a saúde”, recomenda Medeiros. Orienta-se realizar, pelo menos, de 150 a 300 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada, como caminhadas por exemplo.
Medeiros reforça que comer alimentos saudáveis, diminuir o sal na dieta, limitar o consumo de bebida alcoólica, não fumar, gerenciar o estresse, praticar o relaxamento ou a respiração lenta e profunda também são medidas importantes indicadas para prevenir essas doenças.