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Viagem técnica impulsiona surgimento de novos empreendimentos

26/02/2018 - Publicado por: Comunicação - Categoria: Turismo - Tags: turismo empreendedorismo atracoes

Um novo olhar que pode estimular o surgimento de empreendimentos familiares e consequentemente impulsionar o turismo no Vale Tombado. A comitiva que empreendeu viagem técnica para identificar cases de sucesso em turismo rural e  agroturismo, no Rio Grande do Sul, e no Sul Catarinense - encabeçada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio, Serviços e Turismo - voltou  fervilhando de ideias. O grupo, formado basicamente por moradores e produtores do bairro Rio da Luz, fez a primeira parada em Bento Gonçalves (RS), no Vale do Vinhedos e nos Caminhos de Pedra. A viagem aconteceu de 19 a 22 de fevereiro e nesta terça-feira (27) ocorre reunião que resultará em relatório de trabalho.

No roteiro criado para fomentar o empreendedorismo, os participantes visitaram locais de referência, como a Casa do Tomate, Casa da Ovelha, Casa das Massas e Artesanato, Casa da Tecelagem e Porão de Pedra, Cantina a Casa Strapazzon e Casa das Cucas, na Serra Gaúcha. De volta ao solo catarinense, em Santa Rosa de Lima, conheceram iniciativas bem sucedidas em hospedagem na Acolhida na Colônia, assim como o associativismo dos agricultores ecológicos, na Pousada e Agroindústria Doce Encanto, Recanto dos Orgânicos. Agroindústria das Águas e Pousada Encanto Verde. 

O diretor de Turismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio, Serviços e Turismo, Marcelo Nasato, conta que o grupo foi recepcionado pelo secretário de Bento Gonçalves, Rodrigo Parisotto. Na pauta, a trajetória do município gaúcho, os problemas,  e o posicionamento frente ao turismo, que passou a ser tratado de forma mais eficaz há cerca de 25 anos. Há seis anos foi implementada uma nova proposta em relação ao turismo familiar.  Segundo Marcelo, o secretário Parisotto destacou que o roteiro “Maria Fumaça” atrai em torno de 460 mil visitantes por ano, e que o Caminho das Pedras registra anualmente em torno de 180 mil visitantes.

Caminhos de Pedra

“Nosso foco foi ver como iniciaram o projeto e como superaram as primeiras dificuldades. Lá (em Bento Gonçalves) criaram uma associação com os que queriam trabalhar nos Caminhos de Pedra, e por isso os estabelecimentos não concorrem entre si”, salienta. O nome “Caminhos de Pedra” é pelo fato do projeto englobar casas centenárias, feitas de pedra e com a parte superior em madeira, onde são comercializados produtos coloniais e artesanais.

Hospedagem rústica e produtos ecológicos

O diretor de Turismo Marcelo Nasato também explica que o programa Acolhida na Colônia, em Santa Rosa de Lima, criado por produtores rurais orgânicos, surgiu da necessidade de hospedar os visitantes. Com a demanda em aberto, muitos produtores passaram a adaptar antigos ranchos em pequenos salões para servir refeições, ou em alojamentos. “As acomodações são distribuídas entre as propriedades dos associados, tornando a acolhida economicamente sustentável”, enfatiza. Os visitantes têm a oportunidade de participar da lida do campo. A associação que congrega agricultores familiares e ecológicos (Agreco), disponibiliza produtos como açúcar e melado de cana, mel, doces, geleias, licores, sucos, atomatados, conservas, alimentos prontos para servir e linha institucional, com pontos de venda em diversos estados. 

“Santa Rosa de Lima era uma cidade que antigamente vivia exclusivamente da produção e fumo e optou por criar outras alternativas. Hoje, 70% da economia da cidade vem da agricultura familiar e dos produtos orgânicos”, atesta Nasato. “Acredito que tudo o que se viu nessa viagem pode ser aplicado. A ideia é transformar o Rio da Luz em um roteiro turístico, mas para criarmos um plano de negócio se teremos turismo rural ou agroturismo. Vai depender do que as pessoas do grupo ir]ao decidir. O projeto é amplo”, observa o diretor de Turismo, Marcelo Nasato. “O mais importante foi a vivência que as pessoas da nossa comunidade tiveram, de produzir e ao mesmo tempo receber os turistas  nas propriedades, com a certeza de que podem ter um empreendimento turístico adaptado, sem grandes investimentos para começar um negócio”, resume a turismóloga Denise Sueli Henn. 

Entusiasmo para novos negócios

Ângela Elisa Schroeder, 41 anos, à frente Choupana Schroeder, no Rio da Luz, fez parte da visita técnica e não esconde o entusiasmo. “Amei a viagem! Para todos foi bom, de alguma maneira”, opina ela, que hoje serve sopas e produz pães, cucas e bolachas com a mãe, Astrid. “Acredito que temos de formar uma associação para hospedagem domiciliar”, defende. Ângela conta que esse ano a meta é servir sopas nas noites de quinta-feira e as cucas e pães nas sextas-feiras. A partir da experiência com a viagem técnica, já vislumbra a possibilidade de abrir aos sábados, adaptando a estrutura para receber turistas. “Tenho muitas ideias, mas vou fazer conforme aumentar a renda”, pondera.

 





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