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Trabalho de dois alunos especiais resulta em mais de 30 brinquedos para crianças do pré

29/04/2014 - Publicado por: Comunicação - Categoria: Educação - Tags: educacao especial estrada nova

Os alunos Paulo Jesrael Vaz Dutra, 13 anos, 6º ano, e Sérgio Ferraz da Silva, 13 anos, 7º ano, ambos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Marcos Verbinnen (Estrada Nova) começaram a oficina de Atenção Educacional Especializada, ministrada pela professora Maristela de Souza, de forma tímida e com medo de falar em público. Com a necessidade de correr atrás de material reciclável, para fazer brinquedos para os coleguinhas do pré, essa introspecção teve de começar a ser superada. Na foto ao lado, no canto direito da foto, Sérgio, com a garrafa-monstro na mão, e Paulo, olhando para a garrafa (ambos de jaqueta).


“Eles tiveram que ir de sala em sala, pedir para os estudantes trazerem de casa os materiais, como garrafas PET, tampinhas, cabos de vassoura, para eles poderem confeccionar os brinquedos”, conta a professora Maristela (foto). Isso fez com que fossem perdendo a inibição e tendo mais habilidade de se relacionar. Nesta terça-feira (29), ao apresentar a sua produção, com mais de 30 brinquedos que encantaram os coleguinhas, eles não estavam tímidos e explicavam com naturalidade como fizeram os artigos e quais mais gostaram de fazer. “Eu gostei de fazer o cavalinho, pois gosto de brincar disso”, contou Sérgio, que tem deficiência intelectual. “A peteca foi o que mais gostei de fazer”, contou Paulo, com deficiência auditiva. Eles perceberam o quanto o seu trabalho foi útil aos menores, quando as crianças ficaram livres para pegar e usar os brinquedos. Não pararam um minuto, aproveitando cada novidade, cada balanço e pulo, cada puxada e salto.


Entre os brinquedos produzidos com material que iria para o lixo reciclável está o jogo da velha, que é marcado com tampinhas de garrafa PET de duas cores diferentes. Também há o boliche com garrafas de 500ml, preenchidas com um pouco de pedrinhas, para dar peso. Nas garrafas estão gravadas as letras do alfabeto, em especial as vogais, que as crianças do pré terão que derrubar com uma bola. Os cavalinhos, com cara de garrafa PET pintada e cabos de vassoura. As petecas feitas com EVA e latinhas. A baba de monstro que, ao soprar de um lado, o monstro (cara confeccionada com pano e EVA) solta uma baba “horrenda” (água com detergente líquido). Para o brinquedo vai-e-vem as crianças tiveram que aumentar a força no braço, para que a garrafa PET deslizasse de um lado para o outro. Mas, no fim, deu certo. Os cinco jogos de memória precisaram ser confeccionados com poucos pares, para que fosse acessível a crianças do pré. As figuras foram acomodadas no fundo do interior das tampinhas que, ao serem viradas, mostram se o par se formou ou não.


“Nosso objetivo com esses dois alunos foi alcançado. O principal era desenvolver a habilidade para falar em público. Também mostrar a eles que são capazes de tudo o que quiserem. E isso a gente pode ver aqui”, falou, orgulhosa, a professora, que leciona há 24 anos e há 4 é do Atendimento Educacional Especializado. “Comecei a viver uma nova vida depois que passei a trabalhar com a educação especial”, completa a profissional.


O telefone da Escola Marcos Verbinnen (Estrada Nova) é (47) 3371-0140.





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